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A vida de cada um é de um jeito. Eu já fui meio revoltada por acontecer tanta coisa (boa e ruim) na minha. Anos e anos na terapia para digerir e a escrita sempre foi fundamental. Aliás, até finalizar este texto eu não tinha noção do tamanho disso, do potencial de reflexão e catarse que escrever tem para mim. Hoje já sou menos revoltada e mais grata, afinal tudo o que a gente passa é material para o que somos.

Lígia Ribeiro

A parte mais legal, para mim, é que os participantes são estimulados a comentar os textos uns dos outros. Assim, a gente fica sabendo como a nossa escrita “bateu” para cada um, e o resultado é bem surpreendente!

Estou gostando bastante dos textos de todos os participantes, o que também é ótimo!

Danny Reis

Queria aproveitar então, apesar do tardar, pra agradecer imensamente o feedback de vocês que sempre ajuda muito!
Acho que consigo pela primeira vez nos últimos sete anos, desde que comecei a escrever com mais constância, ver uma maturidade crescente no resultado dos textos e isso é muito bom!

Acho que algum dia eu ainda chego lá, onde quer que lá seja!

E a vocês muito sucesso nas linhas e entrelinhas!

Ana Carolina Mello

Foi uma surpresa o quanto participar da oficina do Terapia da Palavra acabou sendo terapêutico! Entrei achando que iria apenas aprender a escrever melhor.

Não que não tenha aprendido. Levei muitas broncas até aprender a deixar o texto dormir, a me livrar da prolixidade que contamina a linguagem que usamos no dia-a-dia de um mundo corporativo.

Agradável surpresa descobrir que podia escrever textos bem humorados, leves e que havia esse talento que eu sequer desconfiava. Me diverti aprendendo. Eu, que entrei aqui só pra aprender… ganhei muito mais. Fiz novos amigos, descobri pessoas com o mesmo interesse que eu pela literatura e viajei. Por paisagens, sentimentos, histórias e possibilidades. Muito obrigada a vocês! E me esperem. Eu vou fazer mais módulos, podem ter certeza.

Paulo Augusto Marinho

Terapia da Palavra

Intensa, obsessiva e questionadora, me via às voltas com a necessidade de fazer algum tipo de terapia. Precisava de alguma maneira de digerir ou vomitar de uma vez todos os sentimentos e pensamentos que vinham intoxicando meu corpo, minha mente e no plano mais sutil, a minha alma. Mas a terapia tradicional já não me fala ao coração. Também não me agrada ao bolso, diga-se de passagem. O que mais se aproximava de um momento terapêutico em minha vida era a corrida. A solitude de um corredor unida à endorfina liberada pela atividade, já é um grande remédio antidepressivo, anti-mimimi e pró resolução de impasses mentais. Todavia, como toda pessoa obsessiva, eu queria mais. Mais momentos de solitude, mais mergulho, mais autoconhecimento. Eu estava enlouquecendo.

Comecei então a oficina de escrita Terapia da Palavra, com o desafio de produzir um texto por semana, durante seis semanas. Seis prescrições claras a serem rigidamente seguidas pelas pacientes. Me senti verdadeiramente em terapia. A cada nova tarefa eu passava os dias observando atentamente o mundo ao meu redor em busca de elementos que se desvelariam magicamente à minha frente e trariam a minha história à superfície. Tive insights múltiplos, apesar de muitos acreditarem que insights múltiplos são apenas mitos para deixar os pobres mortais com inveja. A sincronicidade da vida ficou ainda mais clara, pois ao estar aberta à observação, pude ver sinais que sempre se encaixavam perfeitamente nas minhas produções e traziam respostas para as minhas questões, iluminando o que antes estava obscuro nas mais profundas camadas do meu inconsciente. Talvez essa última tarefa de escrever sobre o processo de escrever seja a mais difícil tamanha a complexidade de transformar em palavras processo tão altamente libertador.

Escrevo esse texto em ritmo diferente dos outros, dedilho sobre as teclas numa dança contínua sem preocupação com forma, ortografia ou coerência. Faço aqui o exercício e a ingênua tentativa de criar uma ponte direta entre inconsciente e folha em branco. Sabe de nada, inocente! Obviamente minha voraz autocrítica me fará revisar esse texto milhares de vezes cortando e orientando um pouco essas asas tão livres e desgovernadas. Farei leitura silenciosa, leitura em voz alta, deixarei o texto dormir e repetirei tudo de novo no dia seguinte. Quem sabe ainda leio o texto para alguém antes de considerá-lo finalizado?

Costumo usar minha filha de 11 anos como ouvinte-cobaia. Até agora ela tem sido uma crítica bastante amena:

– “Mamãe, como você escreve bem!”.

O prognóstico para quem ama escrever e coloca esse amor em movimento é de melhor qualidade de vida e possivelmente sobrevida prolongada. Efeito calmante, antidepressivo e de maior clareza mental também foram reações relatadas pelos sujeitos que participaram de estudos anteriores. Alguns indivíduos também relataram maior produção de serotonina e dopamina. Os efeitos colaterais são comuns: críticas alheias e/ou surtos obsessivos que o levem a escrever descontroladamente por dias a fio. No caso do último efeito adverso, os especialistas preconizam ligar o foda-se e ser feliz.

Roberta Barroca

Acho que a junção escrita/terapêutica foi surpreendente!

Fiz alguns encontros de arteterapia que utilizavam a escrita também, mas é impressionante a sua sensibilidade e a leitura psicanalítica nas entrelinhas. Sabe quando o analista joga as palavras e você sai pensando ou remoendo as palavras? Estou assim!
Hoje li na revista de domingo a Martha Medeiros e falava sobre a “Coragem de ter medo” e de sair da zona de conforto. Bora fazer o Mestrado!

O curso está me tirando da zona de conforto e aprendi que preciso ter coragem para ousar e deixar o medo de lado. É difícil, mas chego lá!

Lena Monteiro de Castro Albuquerque

A oficina foi ótima. Superou, e muito, minhas expectativas.

O principal é dar ritmo à produção textual e receber os comentários de todos, assim como roubar ideias e inspirações dos outros textos.

 

Adorei a experiência, obrigado!

João Reis Miranda

O curso é uma delícia de fazer!

Lá você aprende a ter um olhar diferente da forma de escrever, a ser crítico ao ler o seu texto e ao ler o do outro.

Recomendo muito!

Bianca Valiente

Antes, existiu uma tensão, uma espécie de prólogo, algo grudado na musculatura, apertando. Uma barreira mental, emocional e física, presa a um julgamento: será que dou conta? Sou boa o bastante para realizar essa tarefa?

Depois, um alívio. Mãos à obra! A cada passo, nova tensão e novo alívio. Mas uma coisa boa, de completude.

Foi como descer num escorregador muito rapidamente e mergulhar em um mar de idéias, vislumbrando um caminho , segui-lo e clarear a paisagem através das letras, e de como colocá-las formando quadros que surgiam na minha cabeça.

O crítico, pela primeira vez foi a favor, não foi contra. Na angústia de não saber o rumo, ele estava lá, atento a cada rabisco. – Isso não, isso sim.. não faz sentido… A grande descoberta foi saber gestar com carinho, colocar para dentro e esperar surgir a luz e o texto aparecer do nada, trazendo consigo pedaços que estavam desconectados e que agora faziam sentido.

Desta vez foi como se eu soubesse que esta brincadeira era tão séria que poderia se tornar realidade. Poder me expressar através de sentimentos, lembranças, personagens, algo que se reconstrói através da minha humanidade.

Então, vinha a angústia de não saber como, se estava pronto, se era inteligível, se…Nossa, que palavra difícil para algo tão simples! Seria aceita? Enfim… Esta era a verdade mais profunda… A crítica, àquilo que embota o criar dentro do fluxo da vida.

Agora, tudo acabado e pronto. Vou mandar. Será? Não falta nada?! Vou esperar mais um pouco… O incrível foi utilizá-lo de várias formas para poder estar em paz comigo mesma. Aceitar os detalhes e sentir, vai ser assim e pronto, não há mais nada a fazer senão enviar e esperar. Então, novamente aquela sensação de não ser bom o suficiente. Deus, o que será que vão entender? Será que vão gostar?

Não importa, sentia-me completa a cada vez que conseguia terminar e enviar. Foi a melhor parte! Depois, só alegria e criatividade!

O crítico disse: Não faça!

Eu disse: FAÇO SIM!

Obrigada Terapia da Palavra pela oportunidade!

Maria Helena Nicoletti