Tirou, da mesma gaveta da qual havia tirado o fumo, uma pasta azul que continha uma grande etiqueta em que se podia ler: “Arquivo de poemas abandonados”.
Lembro-me muito bem das cinqüenta folhas em que havia escrito com tinta vermelha os poemas que abandonava, poemas que, de fato, jamais passavam do primeiro verso; lembro-me muito bem de algumas dessas folhas de um único verso:
Amo o twist de minha sobriedade.
Seria fantástico ser como os outros.
Não vou dizer que um sapo seja.
(In “Bartleby e Companhia“, de Enrique Vila-Matas, Ed. Cosac y Naify)
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